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Rumo a Marte ( mais uma vez)
A sonda Mars Reconnaissance Orbiter da NASA está na sua aproximação final a Marte para iniciar em Março uma missão destinada a preparar a chegada àquele planeta de naves robóticas e tripuladas nas próximas décadas.
«A missão é perfeita. Nem sequer foi necessário fazer as duas correcções previstas de trajectória», disse hoje Moriba Jah, engenheiro de navegação do Laboratório de Propulsão por Jacto (JPL) da agência espacial norte-americana.
«A nave entrará a 10 de Março na órbita de Marte, tal como foi previsto e com uma margem de precisão de apenas três quilómetros«, previu, explicando que isso equivale a encontrar uma moeda numa superfície semelhante à do território dos Estados Unidos.
A nave, lançada do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Florida), em Agosto do ano passado, está a cerca de 300 milhões de quilómetros de Marte e desloca-se a uma velocidade de 20 quilómetros por segundo, disse o cientista.
Segundo as autoridades da NASA, o objectivo principal do Mars Reconnaissance Orbiter é fotografar locais adequados para a descida de naves e transmitir dados sobre as condiciones existentes no planeta.
«Esta missão aumentará em grande medida o conhecimento científico de Marte, abrirá caminho às próximas missões robóticas em finais da década e ajudará a preparar o envio posterior de seres humanos a Marte», afirmou Doug McCuistion, director do programa de exploração de Marte da NASA.
Para cumprir a missão, o «orbitador» leva seis instrumentos com que estudará todos os níveis de Marte, desde as camadas subterrâneas até às mais altas da atmosfera do planeta, segundo um comunicado do JPL.
Entre esses instrumentos conta-se o que o JPL descreve como a câmara telescópica mais potente até agora enviada a um planeta.
«A partir da órbita, essa câmara tem capacidade de definição para revelar a presença de rochas de até um metro de diâmetro«, explicou Jah.
A nave leva também a abordo um detector de minerais com que poderá identificar depósitos relacionados com a presença de água em zonas tão pequenas como um campo de futebol, acrescentou.
O seu radar também procurará a presença de água e outra câmara observará as mudanças meteorológicas diárias no planeta, enquanto um »sonar« infravermelho medirá as temperaturas atmosféricas e os movimentos de vapor.
Estes instrumentos produzirão »torrentes« de dados que serão transmitidos para a Terra a um ritmo dez vezes superior ao de qualquer outra missão a Marte, segundo a NASA.
Para isso está munida de uma antena de dez metros de diâmetro e de um transmissor que receberá energia de painéis solares com uma superfície de 9,5 metros quadrados.
Além da investigação profunda do planeta, esta nave servirá de ligação em transmissões de futuras missões à superfície do planeta, nomeadamente as do veículo explorador »Phoenix Mars Scout«, que deverá descer na camada de gelo do pólo norte marciano em 2008, e do »Mars Science Laboratory«, um veículo robótico que será lançado um ano depois.
Mas a tarefa do »Mars Reconnaissance Orbiter« não se fica por aí. Os seus sistemas de telecomunicações estabelecerão »um serviço crucial« que servirá de ponte com a Terra de »uma Internet interplanetária« a utilizar pelas naves espaciais de todos os países num futuro próximo, segundo a NASA.
Diário Digital / Lusa