22.11.06

Energia negra" do universo tem 9 bilhões de anos

The New York Times 14:30 17/11 Dennis Overbye Algo estranho aconteceu com o universo há 5 bilhões de anos. Foi como se Deus tivesse ligado uma máquina anti-gravidade, acelerado a expansão do cosmos e as galáxias começassem a se distanciar num ritmo ainda mais rápido. Agora, com a ajuda do telescópio espacial Hubble, astrônomos descobriram que bilhões de anos antes dessa anti-gravidade superar a gravidade cósmica e dispersar as galáxias, ela já estava presente no espaço, afetando a evolução do cosmos. "Observamos o universo trabalhar, começando a lutar contra a gravidade ordinária", disse Adam Riess do Space Telescope Science Institute sobre a força anti-gravidade, mais conhecida como energia negra. Ele é líder de alguns "prospectos de energia negra", que conseguiram voltar 9 bilhões de anos com o Hubble para discernir os efeitos natos da anti-gravidade. O grupo reportou suas observações durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira e num relatório a ser publicado na Revista Astrofísica. Segundo Riess e os outros pesquisadores, os resultados fornecem dicas e colocam novos limites na natureza da energia negra, um mistério que tumultuou físicos e astrônomos durante a última década. Na verdade, os dados sugerem que a energia negra mudou pouco durante o curso da história cósmica. Mesmo não sendo muito conclusivo, a descoberta dá mais apoio para a teoria convencional, que diz que a fonte da anti-gravidade cósmica é a constante cosmológica, um tipo de fator improvisado que Einstein inseriu em suas equações cosmológicas em 1917 para representar uma repulsão cósmica no espaço. Mesmo que Einstein tenha abandonado a constante cosmológica, alegando ser uma bobagem, não se livrou tão fácil dela. É uma forma teorizada de energia negra que não mudou com o tempo. Sean Carroll, cosmólogo do Instituto de Tecnologia da Califórnia, disse: "Se eles tivessem descoberto que a evolução não é constante, seria uma realmente impactante. Eles observaram onde ninguém havia conseguido observar antes". O trabalho de Riess e seus colegas representa um relatório de progresso do lado negro, onde astrofísicos se encontram cada vez mais ao tentarem entender o que acontece com o universo.