Na experiência, realizada por pesquisadores do MIT e relatada na revista científica Science, foi acesa uma lâmpada de 60W localizada a dois metros de distância da fonte de energia.
Segundo
os cientistas, essa tecnologia, chamada de "WiTricity" em inglês (ou
electricidade sem fio, em tradução livre), vale-se de elementos básicos
da física e pode ser usada em outros aparelhos, como laptops.
Um futuro livre do emaranhado de fios e cabos necessários para ligar
aparelhos electrónicos parece estar mais próximo. Cientistas americanos
conseguiram transmitir com sucesso electricidade entre dois aparelhos
sem o uso de cabos ou fios.
Na experiência, realizada por pesquisadores do Massachusetts Institute
of Technology (MIT) e relatada na revista científica Science, foi acesa
uma lâmpada de 60W localizada a dois metros de distância da fonte de
energia.
Segundo os cientistas, essa tecnologia, chamada de "WiTricity" em
inglês (ou electricidade sem fio, em tradução livre), vale-se de
elementos básicos da física e pode ser usada em outros aparelhos, como
laptops.
"Não há nada nessa tecnologia que impedisse que fosse inventada 10 ou
20 anos atrás", afirmou o professor John Pendry, do Imperial College
London, que assistiu aos testes.
O professor Moti Segev, do Israel Institute of Technology, considerou a
experiência "realmente pioneira". A equipa de cientistas já havia
desenvolvido uma teoria a respeito dessa tecnologia em 2006, mas esta
foi a primeira vez que foram feitas experiências.
O sistema funciona criando um campo magnético entre duas bobinas de
cobre, uma na fonte de energia e outra no aparelho electrónico (a
lâmpada, no caso do experimento). A lâmpada foi acesa mesmo quando
foram colocados objectos entre ela e a fonte de energia.
Segundo os pesquisadores, o sistema utiliza-se do princípio da
ressonância, que faz com que um objecto vibre com a energia de uma
determinada frequência.
Quando dois objectos têm a mesma ressonância eles trocam energia sem
afectar os outros objectos ao redor. Na experiência foi explorada a
ressonância de ondas electromagnéticas de baixíssima frequência.
De acordo com o professor Pendry, o uso de ondas electromagnéticas de
baixa frequência também garante a segurança do sistema, que não
apresenta riscos significativos à saúde humana.
Os cientistas chegaram a posicionar-se entre a fonte de energia e a
lâmpada para provar que era seguro, apesar de ainda não se ter estudos
sobre possíveis efeitos de longo prazo.
Fonte: Diário dos Açores